O que fazer para ser feliz no amor?
Relacionamentos amorosos, embora sejam muito desejados, podem demandar e requerer muitos ajustes e atenção. O que fazer para ser feliz no amor?
Ah! O amor! Sempre razão para tantas felicidades e para tantas mágoas. Há aqueles que o evitem desesperadamente e aqueles que o clamam quase que diariamente. Mas afinal, será que existe alguma receita que possamos seguir para ser feliz no amor?
Para quem busca soluções para vida amorosa, vale a leitura!
É possível ser feliz no amor?
Seria maravilhoso se tivéssemos uma receita ou um passo a passo para sermos felizes no amor. Embarcar e se manter em relacionamentos seria muito mais simples e possível diante de tais ferramentas, mas infelizmente tudo que envolve emoções e as infinitas possibilidades que se combinam na relação entre duas pessoas requer muito investimento emocional e maturidade para a boa convivência e sucesso.
Mesmo que este passo a passo não exista, preparamos algumas reflexões que podem auxiliar nesta busca por equilíbrio e a tão almejada felicidade no amor.
1) Comunicação
O fator mais importante para o sucesso e fracasso de todas as relações é a comunicação. Além de não possuirmos o hábito de falar claramente sobre nossos sentimentos e expectativas, possuímos o péssimo costume de tentar transmitir informações sobre nós em mensagens subliminares como isolamento, silêncios prolongados que tentam manifestar descontentamento, expressões de raiva ou agressividade. Tais formas de comunicação verbais ou não verbais tendem a postergar que de fato alinhemos algum ponto necessário com nossos parceiros e promove discussões e mágoas.
Uma comunicação clara, objetiva e assertiva é valiosa para o funcionamento saudável das relações.
2) Equilíbrio
Um outro ponto que costuma oferecer ameaças às relações afetivas, muitas vezes, é a ausência de equilíbrio na manutenção de hobbys e envolvimento com as outras áreas de nossas vidas. Quando iniciamos uma relação, a paixão nos faz ficar mais envolvidos e um pouco isolados por toda vontade de se conhecer e estar presente. Mas vale lembrar que este desejo de estar a sós é passageiro e pode custar muito caro a longo prazo. Relacionamentos não são sinônimo de fusão de personalidades, por isso, é fundamental que ambos os parceiros mantenham sua individualidade e que se sintam confortáveis para continuar inseridos em grupos sociais e familiares, praticando sempre as atividades que lhe são prazerosas e, assim, mantendo viva a personalidade que levou seu parceiro a sentir-se interessado. A privação deste envolvimento leva à sensação de infelicidade e descontentamento, contribuindo para questionamentos futuros sobre a permanência na relação e seus benefícios.
3) Parceria
Quando nos apaixonamos, sofremos inúmeros sintomas prazerosos desencadeados por liberações neuroquímicas características da emoção. Toda esta combinação do corpo e da mente contribui para efeitos colaterais muito prazerosos como: alterações no apetite, aumento de libido, bom humor, aumento de disposição, fixação de pensamentos.
Contudo, todas estas liberações e sintomas são passageiros. É cientificamente comprovado que a duração máxima de uma paixão é de 24 meses e, após esse período de intensidade, muitos relacionamentos não sobrevivem à rotina, intimidade ou previsibilidade. É fundamental que ao longo de uma relação afetiva, durante ou depois desse período de paixão, o casal sempre invista emocionalmente no relacionamento, mantendo hábitos da realização de atividades que possuem em comum, continuem se relacionando com pessoas queridas de seu círculo social e estejam sempre investindo nas possíveis atividades que sejam prazerosas que não seja o “ficar a sós”.
4) Autoestima
Já dizia o poeta Mario Quintana em seu poema “borboletas”:
“Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você. O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.”
As sábias palavras de Mario Quintana nos leva a refletir sobre o ponto mais importante para se manter em qualquer relação afetiva: nossa autoestima.
O autoconhecimento e percepção de suas próprias qualidades favorece que não busquemos a relação para nos completar, mas sim, para nos agregar ainda mais felicidade. A ideia de que precisemos de alguém para nos sentirmos completos favorece para o sentimento de inferioridade, submissão, temores de abandono, posse e ciúmes e nos coloca em uma posição de vulnerabilidade ao invés da posição de protagonistas de nossas próprias vidas.
Autoconhecimento e fortalecimento emocional
Diante destes 4 pontos que podem ser fundamentais para uma relação saudável, se você sente que possui dificuldade em algum deles e percebe que já cometeu os mesmos erros em mais de um relacionamento, não deixe de buscar suporte profissional! A psicoterapia promove o processo de autoconhecimento e fortalecimento emocional, permitindo um novo olhar sobre si próprio, podendo ser determinante para a possibilidade de ser feliz no amor.